“Pollux” - O Meu Husky Siberiano
Um dia disseram-me: “queres comprar um Husky?”
Eu respondi: “Querer, até queria mas... quem manda pode e, em casa de meus Pais, não sou (obviamente) eu que mando!”
Mas, “quem manda” concordou (com algum custo, é verdade) e lá fui buscar o meu husky... qual bolinha de pêlo saltitona que ficou a chamar-se Pollux tal qual a Estrela, pouco conhecida mas deveras brilhante.
E assim, o Pollux entrou na minha vida... e esta nunca mais foi a mesma!
Tal como todos os cachorros, cresceu traquinas e brincalhão. Aliás, bem mais traquinas do que propriamente brincalhão. Basta-me recordar o facto de, um dia, ter decidido ser pintor, para relembrar esta sua “terrível” faceta.
É verdade, o meu Husky decidiu ser pintor por um dia. Grande talento demonstrou, usando os seus naturais “pínceis” (patas e cauda), ao deixar verdadeiras obras de arte espalhadas pelo pátio, garagem e automóveis lá guardados (o dos meus Pais e o meu). Valeu, nisto tudo, é que decidiu usar tinta preta, cor esta que predominava nos veículos referidos. Acho que, ainda hoje, talvez uns 10 anos depois, ainda restam uns pequenos vestígios dessa “arte canina”. No final e afinal, o que mais custou mesmo foi a limpeza das “ferramentas” deste oportunista “pintor”... custou? Não! Custou-lhe... belas porções de pêlo cortado rente...
Mas não ficaram por aqui as aventuras deste meu querido e saudoso amigo e muitos outros episódios poderia referir. Deixo apenas mais um e, talvez, o que mais “dores-de-cabeça” provocou lá na casa. Então, não é que o raio do cão conseguiu perceber como se abriam as portas dos automóveis... primeiro por fora e..., depois, por dentro! Pleno Inverno, jardins ensopados, lama com fartura... estão a imaginar, não estão?
Toda a sua vida teve um grande impacto na minha ao ponto de - ele foi o mote - aproximar duas pessoas (uma delas era a melhor das gajas boas de Ermesinde) que acabaram por, como se diz algures, juntar os trapinhos uns anitos depois.
Foi, sem dúvida, o mais marcante dos meus muitos amigos que, por casa dos meus Pais passaram mas outros houveram e aqui ficam os seus nomes: Viking, Kimba, Lassie, Tigre, Cathy (I), Leão (I), Leão (II), Jolly, Bell, Cathy (II), Bobi (não poderia deixar de haver um bobi... o meu pequeno enorme Bobi), Kiko e Tuca (a minha pretinha... quantas saudades...).
Dia 7 de Junho de 2009 foi a última vez que o vi saltitão e que, com ele, briquei! Um qualquer problema, em dois dias, fulminou-o e em 10 de Junho de 2009 perdi o meu enorme e fiel amigo Pollux.
O teu uivo, para sempre gravado na minha memória, ficará...